As eleições autárquicas de 2025 na Área Metropolitana de Lisboa registaram mudanças significativas na liderança de vários concelhos.
Lisboa
Carlos Moedas, pela coligação PSD/CDS/IL, foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa com 41,69% dos votos, conquistando oito mandatos, dois a mais que a coligação liderada por Alexandra Leitão (PS/L/BE/PAN), que obteve 33,95%. O Chega superou a CDU por apenas 11 votos, enquanto a coligação de Moedas venceu também a Assembleia Municipal com 39,55%. Na noite eleitoral, o social-democrata apelou à oposição para colocar os interesses da cidade acima dos partidários, e Alexandra Leitão reconheceu a derrota, prometendo uma oposição rigorosa e firme.
Oeiras
Isaltino Morais foi reeleito presidente da Câmara Municipal de Oeiras nas eleições autárquicas de 2025, alcançando 61,94% dos votos pelo movimento independente Inovar Oeiras, com o apoio do PSD, elegendo nove vereadores, mais um do que em 2021. A coligação PS/PAN, liderada por Ana Sofia Antunes, elegeu um vereador com 11,29% dos votos, enquanto o Chega também conseguiu um mandato com 8,48%. O movimento Evoluir Oeiras, apoiado pelo BE, Livre e Volt Portugal, não conquistou assentos, ficando com 6,34% dos votos. Esta vitória marca o 11.º mandato consecutivo de Morais, reforçando o seu domínio na política local.
Cascais
Nuno Piteira Lopes, pela coligação PSD/CDS-PP, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Cascais com 33,87% dos votos, mantendo a liderança apesar da queda em relação a 2021, quando a coligação alcançou 52,55%. O executivo passa a ter cinco vereadores. O PS ficou em segundo lugar com 16,18% e dois mandatos, seguido pelo movimento Cascais para Viver, de João Maria Jonet, também com dois mandatos. O Chega cresceu para 14,50%, elegendo dois vereadores, enquanto a Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda, PCP e outros movimentos não conseguiram ultrapassar a barreira eleitoral para mais mandatos.
Sintra
Marco Almeida, apoiado pela coligação PSD, IL e PAN, foi eleito presidente da Câmara de Sintra, pondo fim a 12 anos de governação socialista. Com 36,16% dos votos apurados, Almeida prometeu devolver “Sintra aos sintrenses” e focar a gestão na qualificação das infraestruturas e no reforço do orgulho cívico local. O PS segue em segundo lugar com 31,11% e o Chega em terceiro com 24,60%.
Loures
Ricardo Leão do Partido Socialista foi reeleito presidente da Câmara de Loures com maioria absoluta, conquistando 43,83% dos votos e seis vereadores. O socialista descreveu a vitória como “estrondosa” e prometeu continuar o “ciclo de progresso” iniciado há quatro anos, respondendo a críticas internas do PS nos órgãos próprios. O Chega ficou em segundo com 20,67% e dois vereadores, seguido da coligação PSD/CDS-PP com 14,86% e dois mandatos, e da CDU com 10,97% e um vereador.
Odivelas
Hugo Martins do Partido Socialista foi reeleito presidente da Câmara de Odivelas com 40,20% dos votos, conquistando cinco mandatos e perdendo a maioria absoluta. O Chega subiu para segunda força, com 22,23% e três vereadores, enquanto o PSD manteve três mandatos com cerca de 20%. A CDU foi mais penalizada, caindo para 6,04% e perdendo o único vereador que tinha.
Amadora
Vítor Ferreira, candidato pelo Partido Socialista foi reeleito presidente da Câmara da Amadora com 33% dos votos, conquistando quatro mandatos, mas sem alcançar a maioria absoluta. A coligação Amadora Resolve (PPD/PSD/CDS-PP/PPM/MPT/RIR) ficou em segundo lugar com 30,01% e quatro vereadores, seguida do Chega, com 17,6% e dois mandatos, e da CDU, com 7% e um mandato.
Vila Franca de Xira
Fernando Paulo Ferreira (Partido Socialista) foi reeleito presidente da Câmara de Vila Franca de Xira com 29,98% dos votos. A coligação PPD/PSD/IL ficou em segundo lugar com 23,29%, seguida do Chega, com 13,72%.
