A partir de setembro, os residentes em Lisboa com passe Navegante vão poder utilizar gratuitamente as trotinetes partilhadas da cidade. A medida, anunciada pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), resulta de uma adenda ao contrato celebrado com os cinco operadores destes veículos e reforça a estratégia da autarquia em promover formas de mobilidade suave e sustentável.
Tal como já acontece com as bicicletas da rede Gira e com alguns parques de estacionamento municipais, a integração das trotinetes partilhadas no sistema de transportes públicos representa, segundo a CML, “mais um passo no incentivo à utilização de modos de transporte sustentáveis”. Esta iniciativa insere-se numa política de mobilidade mais inclusiva, prática e amiga do ambiente, com o objetivo de reduzir a dependência do transporte individual motorizado na cidade.
Apesar da gratuitidade anunciada, a implementação da medida não será imediata. Os operadores estimam que sejam necessários até dois meses para concluir a integração técnica com os sistemas dos Transportes Metropolitanos de Lisboa, entidade responsável pela gestão do passe Navegante. A previsão da autarquia aponta, por isso, para que o acesso gratuito esteja disponível a partir de setembro.
Paralelamente à gratuitidade, a CML anunciou novas regras de circulação para as trotinetes, com o objetivo de garantir maior segurança e organização no espaço público. A adenda ao contrato com os operadores prevê o alargamento das zonas interditas à circulação destes veículos, que passam agora a incluir, além das faixas BUS, os jardins, as zonas exclusivamente pedonais e algumas das principais artérias da cidade, como a Avenida da Liberdade. A fiscalização será feita de forma digital, com recurso à georreferenciação, permitindo o bloqueio automático das trotinetes em áreas onde a circulação é proibida.
Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da CML e responsável pelo pelouro da Mobilidade, afirmou que esta medida “melhora o espaço público” e contribui para tornar o passe Navegante uma verdadeira alternativa ao uso do automóvel. “Queremos tornar o transporte público mais atrativo e completo, para que os lisboetas possam, de facto, deixar o carro em casa”, sublinhou.
Esta iniciativa representa mais um passo na consolidação de Lisboa como uma cidade com transportes acessíveis, integrados e sustentáveis, reforçando a visão de uma mobilidade urbana mais equilibrada e centrada nas pessoas.
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